Maçahico Tisaka

Maçahico Tisaka foi bolsista de 1967 e naquele ano o programa oficial tinha duração de dois meses. Retornando ao Brasil, a Superintendência Regional do IAPI-Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Industriários, sabedor do estágio que fez no Japão, convidou-o a chefiar a Assessoria de Higiene e Segurança do Trabalho do órgão na época em organização. Em função desse trabalho foi um dos primeiros engenheiros a serem registrados como Engenheiro de Segurança no Ministério do Trabalho.

Foi Presidente do Instituto de Engenharia no período de 1989 a 1993, órgão máximo representativo da categoria dos engenheiros no Brasil que no ano que vem faz 100 anos de existência e por onde passaram pela presidência grandes nomes da engenharia nacional. Maçahico Tisaka deu uma grande contribuição para as relações Brasil Japão, propiciando o intercâmbio com entidades congêneres japonesas e visitas e palestras de expoentes de engenharia japoneses no Instituto de Engenharia. Foi mentor e Coordenador Geral da Movimento Nacional pela Melhoria da Qualidade e do Produtividade reunindo entidades como Federação das Indústrias e do Comercio, principais Confederações de sindicatos dos trabalhadores, Universidades, etc., de várias regiões brasileiras, e principal inspirador do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Governo Collor a partir do qual começou a haver uma intensa preocupação por esse tema no país. Realizou convênio de cooperação técnica com o JPC-Japan Productivity Center trazendo especialistas japoneses para introduzir os conceitos de qualidade e produtividade no Brasil, sobretudo conceitos de 5S e outras famosas técnicas de produção japonesas também foram intensamente divulgadas na sua gestão, contribuindo para o aumento da produtividade das indústrias brasileiras.

No âmbito internacional foi o organizador e presidente da 3ª Convenção Panamericana Nikkei no Brasil reunindo representantes de seis países. Foi um dos fundadores da Associação Panamericana Nikkei do Brasil e presidente do seu 1º Conselho Deliberativo.

No âmbito da Comunidade Nikkei, foi presidente da A.C.E.Piratininga, diretor e membro dos conselhos fiscal e deliberativo do Bunkyo, diretor da Sociedade Brasileira de Ensino da Língua Japonesa, diretor da Aliança Cultural Brasil-Japão, entre outros.

Como dirigente público foi Vice-presidente Executivo da CAIC empresa de desenvolvimento agrícola no Governo Franco Montoro onde foi gestor do Projeto CEDAVAL, Projeto de Desenvolvimento Agrícola do Vale do Ribeira, financiado pela JICA do Japão onde manteve estreitas relações com esse órgão e com os técnicos que vieram do Japão. Mais recentemente, foi Diretor de Obras da CDHU-Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, no Governo Mário Covas, onde comandou, até então, o maior plano de construção de habitação popular do Brasil.

É autor de vários livros práticos de engenharia sobre Engenharia de Custos que tem sido largamente utilizado pelos engenheiros e objeto de frequentes palestras e aulas. É professor de engenharia econômica de custos em cursos de pós-graduação e especialização.

Atualmente dedica-se ao cargo de Diretor Superintendente da Câmara de Mediação e Arbitragem do Instituto de Engenharia em estreito contato com colegas kenshuseis da área jurídica.